
Olá!
Sou Professor Titular de Filosofia da Educação na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Trabalhei na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, depois na Universidade Federal de Mato Grosso, na qual fui Coordenador do Programa de Pós-graduação em Educação. Participei do Conselho Editorial da Revista Brasileira de Pedagogia e de outros periódicos da área. Fui coordenador do Programa de Pós-graduação em Educação da Faculdade de Educação da UFRJ e ocupei o mesmo posto na Universidade Estácio de Sá.
Minha história
Após a minha graduação (1973), fiz um curso de especialização em Epistemologia Genética, durante 3 anos consecutivos, sob a orientação do Prof. Antonio Maria Battro, fui co-autor em artigo no L'Année Psychologique (1975), que expressa uma concepção que questiona o fundamento usual da psicofísica, na qual os achados em laboratório podem ser aplicado no espaço usual. Battro sustentou que o espaço em que vivemos pode ser descrito pela geometria esférica, de curvatura variável, logo, não se pode extrapolar as informações produzidas em laboratório para grandes espaços.Com o Professor Battro aprendi a conduzir pesquisas optando pela simplicidade, sustentada em uma avaliação criteriosa, acerca das teorias correntes para identificar as suas incongruências ou falhas. Além disso, estudei de maneira extensa e intensa epistemologia genética, bem como psicologia genética. Foram três anos de estudos sob a orientação segura do Prof. Battro, que trabalho em Genebra, sob a orientação de Jean Piaget. Em seu estágio em Genebra, produziu um dicionário de Espistemologia Genética e O Pensamento de Jean Piaget, as quais são referências necessárias para quem pretenda apreender os significados dos estudos conduzidos por Piaget.
Infelizmente não pude continuar estes estudos, pois no Mestrado em Educação na UFSCar não tinha orientador interessado no tema, o mesmo ocorreu no doutorado. No Mestrado, produzi um estudo acerca de um assunto negligenciado na literatura: como o trabalho docente foi transformado a partir do modo de trabalhar artesanal, próprio dos séculos anteriores ao XVII quando foi introduzido o ensino coletivo em salas de aulas, introduzido por Comenius. A Didática Magna teve e tem grande influência na modernidade, o que mostro na dissertação. A objetivação das matérias de ensino, com o livro didático, bem como a organização do trabalho docente e dos estudantes, implicou a constituição dos exames extraescolares como conhecemos. No Doutorado, atendendo uma demanda do orientador, Celso Beisiegel, realizei um estudo acerca da educação popular nas doutrinas dos anarquistas e comunistas na Primeira República (1989-1930)m mostrando que as lideranças dos movimentos operários raramente trataram do assunto, salvo um grupo de anarquistas que fundaram escolas modernas, as quais foram fechadas pelo governo sob a justificativa de eram corrutoras das crianças e adolescentes. Ao contrário dos historiadores, que afirmam que a defesa da educação do povo foi exclusivamente conduzida pelas elites intelectuais, fica claro que os anarquistas tinham um programa escolar definido, enquanto os comunistas desconsideram essa demanda porque esperavam realizar a revolução proletária.
Por várias razões, prestei concurso para Professor Adjunto na Universidade Federal do Mato Grosso, me demiti da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (USP), para assumir aquele posto em Cuiabá. Ali trabalhei para a constituição do Programa de Pós-graduação em Educação, orientei dissertações de Mestrado, e em 1992 prestei concurso para o mesmo posto na Universidade Federal do Rio de Janeiro, na qual fiz o concurso para o cargo de Professor Titular de Filosofia da Educação, no qual foi aposentado em 2005. Em seguida, fui contatado para trabalhar na Universidade Estácio de Sá, que me demiti em 2017 para cuidar da minha saúde.
Nestes anos publiquei artigos de minha autoria e em coautoria, bem como livros. Dentre estes, o Doutrinas Pedagógicas, máquinas produtoras de litígios e, mais recentemente, veio à luz A virada retórica da Filosofia da Educação expressam a minha própria virada retórica em meus estudos e pesquisas.

